quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Garoto Perdido

Suas vontades são brumas de sonho
Seus pés correm, se cansam
Nunca alcançam lugar algum
Garoto perdido
Eu vi seus cacos no chão
Vi seus olhos fitando o passado
Horas, dias, anos mortos
Todos viraram cinza, lava fria
O sol queima lá fora mas você não sente
Não vê, não pensa, não percebe
Seus desejos são bolhas de sabão
Levados pela brisa fria
Você sofre e sangra
Mas eles não te ouvem
Estão ocupados cavando suas próprias covas
Feche seus olhos e continuará me vendo
Eu quebrei alguns falsos cristais
Em sua mente
Minhas ideias vão continuar latejando
Minhas palavras ainda ardem em seus ouvidos
Eu sempre vi a ferrugem no seu rosto
Garoto perdido
Que ficou gravado em mim

domingo, 5 de setembro de 2010

Razões dos finais

Tudo é nuvem
As razões dos finais
Estão escondidas num horizonte longínquo
Não temos acesso
O que queima em mim
Se apagou em você
Oh Deus!
Como podem borboletas
Habitarem castelos de giz?
A água sempre precisará escoar
Em algum lugar
E eu me perdi