quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Sob a luz do fim do dia

Tu não me dizias nada
Andavas à minha frente
Em meio àquelas pessoas apressadas
Tu já sabias o meu pensamento
Eu permiti que lesse todos

Enquanto me acariciava sob a luz do fim do dia
Teus olhos a refletiam
A luz das lâmpadas salpicadas
Eram como luas, sóis, satélites, estrelas cadentes
Se eternizando em minha mente como fotografia

sábado, 1 de agosto de 2009

Queridos girassóis

Naquele quarto de hotel
As paredes se encaravam e falavam de mim
Dentro das horas loucas
Quem enlouquecia era eu

No vaso de mosaicos os girassóis
Me alegravam
Nas retinas ficou gravado
O amarelo

Naquele quarto de hotel
Meu amante se satisfez e silenciou
Me deixou na companhia
Dos girassóis...

sexta-feira, 6 de março de 2009

Ser sua canção

E entre tantas canções que existem
Tantos timbres a ecoar
A que preferes é por um sentido peculiar

Perguntando sei que mentes
Qual a preferida entre todas?
Eu só queria ser a canção que ouves diariamente

terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

Fugacidade

Não. Hoje não quero chamar atenção. Quero confundir-me entre as moças e os rapazes que andam apressados, buscando o futuro. O futuro é sempre o preferido. As pequenas partes de uma hora passam e já acabam, se vão tão rápido e me preocupam mais. Mas já ia me esquecendo, hoje eu quero ser despercebida. Quero as pequenas impressões que passam despercebidas como eu. Como sonhos vívidos e completos em si mesmos, puros em sua essência porém fugazes demais. Como os sonhos eu não quero permanecer. Talvez um outro dia...

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

Desertos secretos

Em meus desertos secretos
Sou castigada e permaneço
Correndo em passos incertos
Atravessando mar de areias
Rasgando teias

Não consigo tocá-lo
Assim como não tocam o chão
Lágrimas de minhas angústias...

Antes fosse como raios de sol
Que percorrem ares, implodindo miragens